EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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mariocales@gmail.com



domingo, 11 de maio de 2008

Dia 29 - Bratislava (Eslovaquia)

Hoje vou para Bratislava. O meu GPS avariou - paz a sua alma - e por isso vai ser uma viagem mais complicada em termos de navegacao. La voltarei aos mapas. E sempre bom vir prevenido.... O Antonio ja chegou mas vai ficar mais uns dias por ca porque para alem de ainda nao ter visto praticamente nada de Budapeste, tambem furou um pneu logo na chegada, nas primeiras horas da madrugada. Dentro de dois os tres dias encontraremo-nos novamente mais la para frente uma vez que ele saltara algumas das minhas paragens. Grande Antonio! Ja anda por ca! Logo que possivel fotos exclusivas do arranjo do pneu em plena Budapeste. O Antonio sera tambem o "Spielberg" de servico...

7 comentários:

Unknown disse...

Feliz por ti.

Bjinhos

Peidalhaço disse...

Ja viste o filme hostel?

Cuidado ai em bratislava!!

hhehhe


tenho uma grande duvida, o tempo tem estado sempre fixe?

Troca Letras disse...

Hoje em dia ao preço dos GPS, não será melhor comprares um novo

Anónimo disse...

Ola Marıo!
Enncontrei agora o seu blog... e obviamente que fui ler algumas das suas aventuras... Chıça, chegou rapıdo a Sofia... para mim foram quase (ou mais? ja nao me recordo) de seıs meses.
Tou hoje a sair de Istambul a caminho de Ankara. Talvez ainda nos encontremos pela estrada... na condıçao que nao me atropele.

Abraço fraterno e força!

Amaro

Anónimo disse...

ISTO DO HOSTEL, NÃO DEVE SER GRANDE COISA....LOL
TEM CUIDADO,DEVE SER DO GENERO DO EMAIL QUE TE MANDEI NO TEU ANIVERSÁRIO.....EHEHEHE BJS

Unknown disse...

Caro Mário
Bratislava é a capital e a maior cidade da Eslováquia e tem uma alta densidade populacional dentro dos países da Europa central. Os Montes Cárpatos começam no território ocupado pela cidade. É a sede do parlamento e do governo eslovaco e conta com uma grande oferta artística, cultural e educativa. Nos últimos anos a cidade está a passar por uma grande transformação, tanto ao nível da recuperação de edifícios emblemáticos, como também na melhoria das infra-estruturas herdadas do antigo regime comunista. A zona de maior interesse monumental e artístico é a Cidade Velha, muito colorida e acolhedora, com as suas lojas comerciais e serviços. O porto fluvial apresenta uma grande actividade, sobretudo no que diz respeito à marinha mercante. No tocante à sua longa e rica história, podemos dizer que o espaço onde hoje é a cidade, recebeu ocupação permanente no ano 5000 a.C. Por volta de 200 a.C., a tribo celta dos Boios fundaram a primeira povoação fortificada, com produção de moedas de prata conhecidas como “biatecs”. Entre os séculos I e IV, esteve sob influência romana, inserindo-se nas “Limes Romanus”, um sistema defensivo de fronteiras. Os romanos introduziram o cultivo da vinha, iniciando-se uma tradição de produção de vinhos, que sobrevive até aos nossos dias. Os antepassados eslavos dos modernos eslovacos chegaram à região entre os séculos V e VI, durante o designado “Período de Migração”. Como resposta ao ataques dos Ávaros, as tribos eslavas locais revoltaram-se e criaram o Império de Samo (623-658), a primeira entidade política eslava conhecida. Em pleno século IX, os castelos de Devin e Bratislava eram importantes centros dos estados eslavos do Principado de Nitra e da Grande Morávia. A primeira referência escrita da cidade data de 907 e está directamente relacionada com a queda da Grande Morávia, em virtude dos ataques húngaros. No século X, o território de Bratislava passou a ser parte integrante do Reino da Hungria, convertendo-se em uma cidade chave para a economia e centro administrativo do reino; recebeu os seus primeiros privilégios como cidade, em 1291, por Andrés III e foi declarada cidade real, em 1405, pelo rei Segismundo de Luxemburgo, o qual determinou que a localidade teria direito a utilizar o seu próprio escudo de armas. O avanço do Império Otomano sobre a cidade, fez com que Bratislava fosse designada como nova capital da Hungria, passando a fazer parte do reino dos Habsburgos. Entre 1536 e 1830, onze reis e rainhas foram coroadas na Catedral de São Martin. Contudo, o século XVII caracterizou-se por levantamentos anti-Habsburgo, luta contra os turcos, inundações e pestes. O período de levantamentos terminou em 1711, com a assinatura do Tratado de Szatmár, e durante o reinado de Maria Teresa de Aústria, converteu-se na maior e mais importante cidade situada no território da actual República Checa e Hungria: a população triplicou; construção de novos palácios, mosteiros e ruas; centro da vida social e cultural da região. Em finais do século XVIII, Bratislava foi uma base de apoio para o movimento nacional da Eslováquia, o que permitiu a fundação do primeiro periódico em eslovaco, o “Presspurske Nowiny”. A história da capital da Eslováquia no século XIX, está estritamente relacionada com os acontecimentos mais importantes vividos na Europa, nomeadamente as invasões francesas, conflito que arrasou a cidade, destruindo dois dos seus monumentos emblemáticos: os castelos de Devin e Bratislava. Depois de terminada a Primeira Grande Guerra, e com a formação da Checoslováquia em Outubro de 1918, a cidade incorporou o novo Estado, apesar da relutância e resistência dos seus representantes. E foi precisamente a força da população húngara e alemã, que impediu a sua anexação por parte dos checos; a cidade passou a ser a sede dos órgãos políticos e administrativos da Eslováquia, ultrapassando Martin e Nitra, muito devido à sua importância económica e posição estratégia na zona do Danúbio; em 27 de Março de 1919, o nome de Bratislava foi adoptado oficialmente pela primeira vez. Em 14 de Março de 1939, foi declarada capital da Primeira República da Eslovaca, estatuto que durou pouco tempo, já que foi ocupada pelas tropas alemãs, em 1944. A ocupação nazi levou à expulsão de aproximadamente 15.000 judeus, a maior parte dos quais acabaram exterminados nos campos de concentração. Depois de terminada a Guerra, seguiu-se a tomada do poder pelo Partido Comunista e a sua integração na Checoslováquia (1948). A Primavera de Praga de 1968 acabou por fracassar, e só na década de 90, com o fim dos regimes comunistas na Europa de Leste, Bratislava passaria a capital da nova República da Eslováquia. Os comentários sobre a parte patrimonial e cultural da cidade ficam para uma próxima crónica; pela sua riqueza, merecem um tratamento mais pormenorizado.
Um abraço
Armando Bouçon

Unknown disse...

Caro Mário
A natureza étnica de Bratislava confere-lhe um carácter multi-cultural muito peculiar; alemães, eslovacos, húngaros e judeus, influenciam a sua cultura local. Os teatros, museus, galerias, salas de concertos, cinemas e outras instituições culturais, são espaços de sociabilidade que marcam a vida da cidade e que deixam no visitante uma vontade forte de a voltar a rever. O Teatro Nacional Eslovaco reparte-se por dois edifícios: o primeiro de traça neorenascentista, situa-se no casco antigo, já no término da Praça Hviezdoslav; o novo edifício, aberto ao público em 2007, está na zona ribeirinha e inclui espaços para ópera, ballet e teatro. Para além do Teatro Nacional, o Teatro de Marionetas de Bratislava, o Astorka Korzo 90, o Teatro de Arena e o Teatro de Radosina merecem uma visita e, se possível, a presença em um dos muitos espectáculos. Com uma intensa actividade musical, que tem o seu ponto alto no Verão Cultural de Bratislava, destacamos o Festival de Música, o Bratislava Jazz e o Festival Wilsonic. Passando da arte cénica e musical para o campo da museologia, o visitante não deve perder uma ida ao Museu Nacional Eslovaco (situado no casco antigo), Museu de História Natural, Museu da Cidade de Bratislava, Galeria Nacional Eslovaca, Palácio de Palffy, Palácio Mirbach e Museu de Arte Danubiana. Termino com uma nota dedicada aos amantes da astronomia: a cidade é das poucas capitais europeias que não tem um observatório nem um planetário! Não se pode ter tudo …
Um abraço
Armando Bouçon