EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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mariocales@gmail.com



segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dia 16 - Zagreb-Belgrado

Paisagem tipicamente croata

Dia 16 - Zagreb-Belgrado

Onde paro a mota aparece sempre alguém com uma maquina fotografica e uns minutos de cuiosidade. Aqui foi na área de serviço da autoestrada em Zagreb e Belgrado

Dia 16 - Zagreb-Belgrado

Lavador de vidros de automóveis numa área de serviço a caminho de Belgrado. Como não encontrava a água para lavar o capacete dei-lhe umas moedas e em troca recebi o capacete limpo das mosquiteirada e uma foto! A croácia tem muitos turcos ou romenos... não sei bem. Mas são mesmo muitos e andam pr todo lado nas suas carroças puxadas a burro!

Dia 16 - Belgrado - 27 de Abril


Dia 16 - Belgrado


Dia 16


Dia 16


Dia 16 - Belgrado


Dia 16 Belgrado

Edificio bombardeado pela Nato no tempo da guerra dos balcãs e mantido assim pelos sérvios como memorial

dia 16 - Sérvia - Belgrado - 27 Abril


Dia 16 - Belgrado - 27 de Abril

Passei por ese hotel e só por curiosidade fui perguntar o preço. Claro que muito longe das minhas posses. Quando cheguei perto da moto, lá estavam estes dois funcionário do hotel a admirar a Gilera. Uma foto, para recordar. O que está sentado vai comprar uma Gilera em breve..

Dia 15 - Belgrado - 27.04

Semáforos com controle de tempo para os condutores poderem desligar e ligar os motores a tempo dos sinais e assim diminuir a poluição... (como se isso fizesse diferença neste país onde tudo polui...)

Dia 16 - Nis - 28 de Abril: "A guerra continua na Sérvia!!"

Não se preocupem com o titulo. É apenas um modo de eu me expressar quanto à condução dos sérvios. Antes de mais, a Sérvia tem montanhas e bem altas. Neste momento estou em Nis, onde nasceu o imperador romano Constantino o grande. A cidade é belissima, mas estou farto dos sérvios. Conduzem como se a guerra nos balcãs se travasse ainda hoje nas estradas locais. Diziam-me ontem que os sérvios tinham uma personalidade parecida com a latina... bem... Ma sos italianos são loucos a conduzir mas conduzem bem, estes não! Não respeitam sinalização vertical, horizontal, luminosa, sei lá que mais, não se preocupam com a sua segurança, muito menos com a dos outros, falam ao telemovel, berram e apitam... Bem, já não estava habituado a isto. Depois de conduzir em países mais... calmos. Espero que em Portugal não sejamos assim, mas verei isso quando voltar, se ainda me habituo. Mas acho que não. Ningém conduz tão mal como estes tipos. Estou cheio de vontade de sair da Sérvia. Não gosto do constante cheiro a gasóleo ou lá o que é. É um país muito poluído com os carros todos podres a libertaram fumo por todo o lado. Estou num hostel bastante em preço porque mais uma vez o CS falhou. Amanha vou continuar até Thessalonik porque o meu CS de Skopje também falhou. Assim, ganho um dia e chego à Grécia que é um dos países que tenho muita vontade de conhecer. As estradas sérvias são más - a condizer com os condutores - e os sinais de luz a avisar das patrulhas da policia na estrada são comuns.

domingo, 27 de abril de 2008

Dia 16 - Nis (Sérvia) - 28 de Abril

Dia 15 - Belgrado (Sérvia) - 27.04 - "A Estrada ainda mais longa"

Hoje conduzi quase 7 horas em linha recta... É verdade! A ligação entre Zagreb (Croácia) e Belgrado (Sérvia) é uma autoestrada em linha recta. Se tivesse optado por ir em estradas nacionais demoraria o dobro... A Sérvia é um país, pelo menos até agora complertamente plano. As únicas montanhas que se vêm estão tão longe que parecem estar noutro país. 15 dias de viagem, mais de 6 mil quilometros já registados na moto, 6 países visitados. Esta zona do mundo é bastante diferente dos restantes locais por onde tenho passado. As pessoas e as cidades detêm caracteristicas que as distinguem da Europa que conheço. Por falar em Europa, por vezes dou por mim a pensar na utilidade de existir um União Europeia que me permite viajar quase sem ter de parar em fronteiras... se houver uma União Mundial, então aí o mundo torna-se verdadeiramente pequeno. A única fronteira onde mostrei o meu passaporte foi aqui na Sérvia e mesmo assim quando viram que eu sou português mandaram-me seguir de imediato. Parei mais à frente na zona da inspecção das bagagens mas o oficial que lá estava mandou-me seguir com um ar muito aborrecido de como quem quer dizer, "ninguém te mandou parar..." Em contrapartida, os croatas que vinham da Sérvia tinham quase que se despir todos na inspecção! Eram ver as suas viaturas com as tralhas todas de fora, ao relento e sem qualquer condição. Espero que a minha saída da Sérvia decorra de um modo tão perfeito como a minha entrada, embora tenha lido nos conselhos aos viajantes que eles são mais rigorosos nas saídas do que nas entradas. Ontem fui a um aniversário de um CS em Zagreb e apercebi-me da mágoa que ainda existe nos corações croatas a propósito da recente guerra com a Sérvia (país onde estou agora). No fim da festa de aniversário já só se cantavam canções de resistência acompanhadas à viola e ao whiskey. Explicaram-me que durante a guerra muitas vezes a rádio era a sua única companhia nos abrigos subterrâneos e por isso as músicas ficaram nos corações de muitas gerações. Isto é uma zona estranha. Os três países que já conheci, Eslovénia, Croácia e Sérvia não se entendem entre eles. Croatas e Sérvios não gostam uns dos outros nem da Eslovénia. Depois existe ainda o kosovo e afins, a Macdónia que visitarei dentro de um dia, enfim... Em Belgrado tirei fotos que em breve publicarei aqui sobre o edificio que foi bombardeado pela Nato. A minha noção, enquanto estrangeiro que passa apenas um dia em cada um dos países, é de que de facto são povos que apesar de viverem na mesma região têm características muito diferentes. Enquanto nós e os espanhóis não diferimos muitos, apesar destes últimos serem mais espalhafatuosos e nós sermos mais bonitos (lol) os Eslovenos são muito parecidos com os povos do Norte da Europa, os Croatas ficam no meio entre os italianos, os espanhóis e os ditos povos do Norte e por sua vez os Sérvios são muito parecidos com os Soviéticos. Quando digo parecidos falo ´não só em semelhanças físicas mas também em comportamentos e no aspecto das cidades. Enquanto que nos dois primeiros países existe uma riqueza que se nota muito bem na qualidade das casas e dos carros, na Sérvia, ainda se vive um pouco a rudez de outros tempos. Eles esforçam-se para serem simpáticos: parei duas vezes, uma para por asolina e outra para pedir informações e encheram-me de presentes como canetas e brochuras sobre a cidade. Ficam muito admirados por eu ser português e dizem-se parecidos connosco, com orgulho. Mas não sei porquê parecem-me ppuco naurais quando tentam ser simpáticos. As suas expressões ainda são carregadas e os sorrisos apenas esgares. O país é muito bonito e a Cidade de Belgrado tem algumas zonas mais antigas muito bonitas. Os prédios mais recentes, da épocxa comunista são, obviamente horríveis e metem verdadeiramente medo. Parecem escuras prisões em formato caixa de fósforos. A poluição é enporme e eu que vinha habituado aos ares do campo dos dois países anteriores estranhei o constante cheiro a combustível que paira no ar. Apesar de aqui na Sérvia eles terem uns semáforos fabulosos que têm uma contagem decrescente para o verde surgir - para que os condutores possam desligar os motores dos carros e assim reduzir a poluição - os carros antigos que por aqui circulam são verdadeiras chaminés de fumo preto. Gostei muito da Croácia e dos croatas, povo que achei um pouco semelhante a nós - mais do que os sérvios. O meu contacto CS falhou hoje pelo que tive de vir para um hotel e por isso posso actualizar a página da net. Começo já a fazer contas às gasolinas, às portagens, aos hóteis, à alimentação e a mais algumas despesas que vão surgindo e espero que o dinheiro chegue para fazer todo o percurso planeado na Europa. Ainda não sei se conseguirei fazer a 2ª parte do percurso (até à Índia) porque está dependente de conseguir arranjar uma garantia bancária exigida pelo Automóvel Clube de Portugal (essa bela empresa) que "garanta" que eu não vendo a moto pelo triplo do seu valor em nova em Portugal, num país tipo paquistão ou índia... À medida que for colocando as fotos vou também fazendo alguns comentários sobre coisas que vão acontecendo e que a foto ajuda a recordar. Amanhã vou em direcção a Nis (ainda na Sérvia) para depois seguir para Skopje, na Macedónia e chegar finalmente à Grécia onde vou estar quatro dias. O António, um dos amigos que inicialmente queria vir nesta viagem, ganhou novo alento e diz-se disposto a vir ter comigo para me acompanhar no seu automóvel a partir de Budapeste. Se por um lado já me habituei a viajar sozinho, por outro, a ajuda do António da realização e tratamento dos vídeos (para os quais não tenho dedicado tempo) será muito positiva para o registo desta viagem na sua parte europeia. Vamos a ver se o António mantém a coragem pessoal e financera para fazer esta viagem.

Dia 14 - Zagreb (Croácia) - 26.04

Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


DIa 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha

Praça onde os estudantes se encontram para passar algumas horas da noite

Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha "As duas torres"

Mesmo no centro de Bolonha existem estas duas torres consatruidas na época medieval. Estranhei imenso a sua presentça no centro da cidade uma vez que não entendia a sua função. Segundo me foi explicado então, estas torres foram construídas por familias que procuravam não só protecção (devido ao dificil acesso a esta habitação) mas também porque a mais pequena (feita primeiro) serviu de exemplo para um familia posteriormente mais rica fazer uma torre ainda maior. A vaidade e a ostentação já tem tradição longa...

Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha


Dia 11 - Bolonha - 23.04


sábado, 26 de abril de 2008

Ljublijana - Zagreb

A minha estadia em Ljublijana apesar de curta esta a ser fabulosa. Encontrei mais um portugues a viajar pelo mundo, de nome Joao Esteves, que ficou na mesma anfitrea que eu. A nossa anfitrea e uma pessoa maravailhosa e uma cozinheira excepcional, que nos trata com muita atencao. Quase me sinto em casa. Ontem estivemos a conversar sobre as nossas experiencias pessoais e ficou bastante sensibilizado com a katjia nos contou que foi voluntaria no kosovo depois da guerra. Os pormenores sentidos de quem viu e tocou nos destrocos de uma guerra foram muito fortes. Sobretudo quando ela contou a parte em que entrava dentro das casas de pessoas que tiham sido assassinadas para levantar os seus pertences e deparava com toda a historia de uma familia que ja nao existia: brinquedos e roupas de criancas, fotografias, enfim... Hoje vou para Zagreb. Ainda nao tive tempo de escrever o texto sobre os meus dias em Bolonha e em Pontedera (onde estive na casa mae da Piaggio) nem de tratar as fotos destes ultimos dias. Tenho fotos fantasticas e logo que possivel irei coloca-las aqui para voces as verem. Resta dizer que as portagens aqui na Eslovenia sao ao preco justo, ou seja, mais ou menos metade do seu custo em Portugal.

Dia 13 - Ljublijana

O dia de hoje foi bastante duro. A Nexus foi posta a prova em condicoes extremas. O texto surge sem acentuacao porque escrevo num computador local. A viagem entre Bologna e Ljublijana foi feita em autoestrada porque o percurso em estrada normal demoraria 7 horas e isto sem contar que em Italia tambem foi feriado do 25 de abril - logo as estradas estariam completamente atulhadas de automoveis. Logo no inicio do dia aconteceu uma peripecia importante de ser contada para aqueles que pretendem viajar ate Italia. Bem, como tinha o deposigto vazio fui meter gasolina em Bologna. Como ja disse era feriado e por isso os postos estavam todos fechados e apenas alguns que tem escrito 24/24 estavam a funcionar. Escolhi aquele que tinha a gasolina menos cara e coloquei uma nota de cinquenta euros para atestar o deposito. No fim, o deposito da Gilera apenas pediu 18 euros pelo que espererei pelo troco. Esperei, sem sucesso. >Comecei a andar a volta da maquina para ver se havia algum local para o troco quando reparei num cartaz da gasolineira com a foto de quem parecia ser o dono daquilo. Por coincidencia ele tinha acabado de estacionar o mercedes na bomba da frente pelo que me dirigi a ele explicando a historia. Como a maioria dos italianos, tambem este nao falava ingles pelo que demorei um pouco a explicar o que se tinha passado. No final, e depois de obter um comprovativio que tinha ficado emperrado na maquina registadora devolveu-me o troco. Explicou que aquelas maquinas nao dao troco e o que as pessoas normalmente fazem e guardar os recebidos para depois, quando o encontram, solicitar o troco. Depois demorei mais de uma hora para sair de Bologna porque o software do meu GPS funciona muito bem nas ligačoes entre as cidades mas no interior das cidades italianas perde alguns dados. Alem disso, como era feriado, havia milhares de carros em tudo o que era asfalto. La consegui por-me a caminho tendo feito uma viagem muito boa ate uma hora e meia antes de chegar a Eslovenia. Ai, comecou a tempestade mais forte que me lembro de ter ultrapassado conduzindo uma moto. Imaginem o tambor de uma maquina de lavar e multipliquem isso por dez e obterao metade daquilo que senti durante a viagem. Como tive ainda de esperar meia hora pelo meu CS, estava mesmo a tremer de frio quando passa uma moradora do predio onde fiquei instalado que vendo o estado em que eu estava e depois de eu explicar a historia toda, me disse para ir tomar um banho quente a sua casa. Naquele momento, porem, chegaram os meus anfitreoes e por isso nao foi necessario aceitar a oferta. Ljublijana e muito bela com uma cintura de montanhas que lhe dao um ar imponente. Amanha la irei em direccao a Zagreb - uma viagem de 4 horas mais ou menos que penso fazer pela tarde para aproveitar um pouco para dormir mais umas horas.