EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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mariocales@gmail.com



segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ostrava, dia 30

Para vos dizer que cheguei a Ostrava depois de ter passado pela Eslovaquia. Amanha irei para Krakov onde ficarei a espera do Antonio que, penso, tera saido hoje de Budapeste. Recebi um mail de alguem que ficou triste com a minha decisao de desistir da etapa asiatica e por isso gostaria de salientar duas coisas: primerio, estou a viajar com o meu dinheiro. Vendi o meu carro e vou ter de o continuar a pagar nos proximos tres anos sem o ter. Segundo, nao tive nenhum apoio no que se refere a necessidade de ter a garantia bancaria de 15 mil euros exigida pelo ACP. Nunca poderia entrar no Irao ou Paquistao sem aquela garantia. Os dois meses que vou passar na Europa seriam suficientes para chegar a china. Todo o apoio mediatico que tive em jornais, revistas, radios e televisao resultou em 0% de retorno. Os unicos patrocinios que tenho sao os que consegui no inicio do projecto, ha um ano atras. O apoio da CMachado e da Masac foram essenciais para que pudesse vir para a estrada. A Loja GPS.com, a Touratech, a Comercialfoto e todos os media partners que me acompanham tambem deram o seu contributo. O meu muio obrigado reconhecido pela possibilidade que me estao a dar de realizar esta viagem. Mas o facto e que necessito de uma garantia bancaria para entrar na Asia. Se optei por fazer um percurso europeu primeiro foi porque nao tinha dinheiro para pagar a garantia exigida pelo ACP. Ou desistia de tudo ou fazia algo que fosse possivel concretizar. Optei pela segunda hipotese. Como disse na resposta que enviei ao email em questao, nao sou um macaco de circo que salta quando lhe atiram amendoins e por isso nao estou a fazer isto para ser famoso ou rico ou para paracer em revistas ou televisoes.. Estou a fazer o que posso, e se tivesse tido apoios que me foram prometidos, estaria neste momento a fazer a ligacao entre Lisboa e Pequim. A razao porque desisiti do projecto china em Olimpia foi aquela que expliquei na altura: prefiro sentir a forca de um projecto que estou a concretizar do que ficar a espera que alguem me arranje uma garantia bancaria de 15 mil euros. Quem da o que tem...
E se estivesse a fazer ferias nao ficava apenas dois dias em Budapeste... nem andava a conduzir 10 horas por dia para cumprir o itinerario. O dinheiro que gasto na gasolina permitia-me fazer um ano de mochila as costas pelo mundo.
O meu objectivo agora e ligar os Jogos Olimpicos com a minha passagem pela cidade de Olimpia e o Euro de futebol com a minha passagem pela cidade de Bern. E estou a faze-lo em dois meses de viagem a solo numa scooter 250. Pode considerar-se um copo meio cheio ou meio vazio. E preferivel concretizar o projecto possivel do que manter a esperanca num apoio que se ainda surgisse permitiria a concretizacao da etapa europeia. Abraco a todos

2 comentários:

Unknown disse...

Olá amigo

Sempre adorei a do "copo meio cheio ou meio vazio" e ao longo dos tempos tenho escolhido cada vez mais a do copo meio cheio porque sei agora que quase tudo na vida tem só a ver com o modo como interpretamos e sentimos as coisas. Cada acontecimento em si não tem valor absoluto, tem o valor que cada um de nós lhe atribui. Em relação à tua viagem é tb isso que acontece e como tal cada um tem a liberdade de a entender de acordo com o seu modo de sentir.
O que realmente considero importante e porque não me deixa qualquer dúvida, é que a tua postura e sentimento em relação ao "copo" é fiel a ti próprio, a todos os teus principios e à tua missão de vida. Por isso...mais uma vez...estou feliz por ti!!

Bjinhos

Unknown disse...

Caro Mário
Ostrava é um cidade situada no noroeste da República Checa, na zona de confluência dos rios Oder e Ostravice. A cidade é a capital da região da Morávia-Silésia e foi fundada pelo bispado de Olomouc, em finais do século XIII, para defender a região do ataque dos invasores procedentes do norte. É uma zona industrial por excelência e o primeiro centro metalúrgico do país. Conta com várias indústrias de transformação do ferro, centrais eléctricas, trabalho do alumínio, produtos químicos e medicinais, gases sintéticos, plásticos, derivados do petróleo, materiais de construção, têxteis, cerâmica, móveis e produtos alimentares. Com tanta indústria, não admira que seja, desde 1716, a sede da Escola Estatal de Minas e Metalurgia. Contudo, muitas das minas foram reconvertidas em museus mineiros, e os edifícios industriais são autênticas jóias arquitectónicas. Moravská Ostrava é, actualmente, a terceira maior cidade da República Checa e oferece a quem a visita uma lista diversificada de actividades culturais e patrimoniais.

Um abraço
Armando Bouçon