EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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domingo, 20 de abril de 2008

My own birthday present (24.04)


3 comentários:

Unknown disse...

É lindo paranbens, primeiro estás a provar a todos ke ninguem é mais forte do ke o SER HUMANO, lembras-te da velha frase rei por um dia, tu tens sido rei todos os dias e conta kom ajuda de todos pelo menos espiritualmente, pois todos os dias tens a tua MÃE, QUE POR AKASO É A MINHA a pedir a todos os santos ke te levem sempre no bom caminho até o teu objectivo CHINA.
força brother e axora tens ja meio mundo a olhar para ti.

Unknown disse...

Caro Mário
Ao observar a imagem da prenda que ofereceste a ti próprio, ocorreu-me a ideia de escrever sobre as ordens militares religiosas. A defesa da Terra Santa levou os cristãos à organização de algumas milícias de monges-soldados, destinadas à sua protecção e combate contra os inimigos. Em 1113, surgiu a Ordem dos Hospitaleiros de S. João de Jerusalém, mais conhecida por Ordem dos Hospitalários. No seu início destinava-se a proteger um hospital (daí a derivação do seu nome) mas, aos poucos, transformou-se em ordem militar, isto perto do ano 1140. Com a perda da Terra Santa, passou a designar-se de “Rodes” (1309) e de “Malta” (1530), lugares para onde instalou a sua sede. Em 1118 foi criada a Ordem dos Templários, de que tu tanto gostas. Esta ordem alastrou os seus domínios a toda a Europa, nomeadamente na região francesa do Languedoc, gozando de grande fortuna e influência. Em 1312, o rei Filipe, “O Belo”, de França, que desejava apoderar-se da sua fortuna, conseguiu que a mesma fosse dissolvida pelo papa. A estas duas ordens juntou-se, em 1198, a Ordem dos Cavaleiros Teutónicos, transferida para a costa do Mar Báltico, em 1211 e 1226. As lutas para travar as investidas muçulmanas na Península Ibérica e na reconquista do território para sul, trouxeram estas ordens para território ibérico, visto a luta travada obedecer ao mesmo ideal religioso que as fizera surgir no Oriente. À Ordem dos Templários, doou D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, em 1128, o Castelo de Soure. Este cedeu-lhe o Castelo de Cera, situado na freguesia de Alviobeira, concelho de Tomar, e em 1160, começou a construção do Castelo de Tomar, que se tornou a sede da Ordem. Quando o papa decretou a sua extinção, D. Dinis passou os seus bens para uma nova Ordem que ajudou a criar, a qual se destinava, como a anterior, à defesa e propagação da fé cristã. Assim nasceu a Ordem de Cristo em 1319, com sede em Castro Marim e posteriormente no Convento de Cristo em Tomar. No séc. XII, a Ordem dos Hospitalários, estabeleceu a sua Casa Capitular no Mosteiro de Leça do Bailio, e em 1356 transitou para o lugar da Flor da Rosa, no concelho do Crato, motivo pelo qual passou a chamar-se Ordem do Crato. Além destas Ordens, originárias da Palestina, estabeleceram-se em Portugal duas outras: a Ordem de Calatrava que surgiu em 1166 e que veio a chamar-se, primeiro, de Évora e depois de Avis; a Ordem de Sant’Iago da Espada, que surgiu por volta de 1170, tomando o nome de Ordem de Palmela, quando a sua sede se fixou no Castelo de Palmela. Na actualidade, algumas ordens ainda se conservam, com fins estritamente honoríficos, destinadas a galardoar serviços relevantes prestados ao País. Quanto a pormenores sobre a Ordem dos Templários, vou deixá-los para a próxima crónica.
Um abraço
Armando Bouçon

Unknown disse...

Caro Mário
A poderosa ordem militar e religiosa do Templo, foi fundada em 1118, logo a seguir à Primeira Cruzada, por dois cavaleiros franceses, Hugues de Payns e Geoffroy de Saint-Omer. A Ordem tinha por missão proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa. Foi S. Bernardo, um padre da Igreja, que deu à Ordem do Templo a sua regra, aprovada no Concílio de Troyes em 1128. Assim, a Ordem compreendia cavaleiros (nobres), escudeiros ou sargentos (não nobres), capelães, padres, frades leigos e artífices. Os mais prestigiados, os Cavaleiros, usavam uma capa branca com uma cruz vermelha; os escudeiros e frades, vestiam-se de negro. Protegida pelo papado, que promulgou perto de meia centena de bulas a seu favor, foi agraciada com terras e outros bens pelos soberanos europeus, tornando-se numa Ordem muito rica. A sua participação nas Cruzadas foi extremamente importante e muitos templários perderam a vida em defesa da Terra Santa. Após a queda de Jerusalém às mãos dos Árabes (1187), os templários instalaram-se em Chipre e nas inúmeras comendadorias que haviam instituído na Europa. Começou então um período de recrutamento de cavaleiros e de gestão dos seus bens, nomeadamente dos bens doados pelos peregrinos, que transformaram os templários em autênticos banqueiros. Esta situação, contribuiu para que a pureza da regra fosse posta em causa; acusados de corrupção e de sacrilégio, os cavaleiros templários receberam ordem de captura por parte de Filipe, o Belo, que cobiçava a sua vasta riqueza. Mediante esta acusação, o papa Clemente V ordenou, em 1312, a dissolução da Ordem do Templo. O rei de França conseguiu os seus intentos, apoderando-se da sua fortuna; os bens imóveis foram entregues aos Hospitalários pela bula “Ad providam”. As confissões obtidas por meio da tortura não constituem uma prova cabal das principais acusações efectuadas contra os templários, como sejam a negação de Cristo, a sodomia ou o culto de Baphomet. Podemos, no entanto, admitir, que uma parte da Ordem praticara ritos de iniciação e desenvolvera um esoterismo de influência islâmica.
Um abraço
Armando Bouçon