
domingo, 20 de abril de 2008
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...that life begins at the end of your comfort zone. You won't find glory at the center of safety, but at its edge. You won't find love at a place where you are covered, but in the space where you are naked. You gotta take some risks. You have to not only pick up the dice, but roll 'em. So go ahead, take the gamble. You have nothing to lose except the chance to win. Neale Donald Walsch
1 comentário:
Caro Mário
Como deves ter reparado durante o teu percurso, algumas placas de sinalização dão a indicação da cidade de Nice através da forma provençal “Nissa”. A origem do nome deriva do grego “Nikaia”, que quer dizer “vitoriosa”, enquanto que a versão latina fala-nos de “Nicae”. Depois do Congresso de Viena (1815), que pretendia redesenhar o mapa político da Europa após a derrota de Napoleão Bonaparte, bem como entregar os tronos que tinham sido ocupados pelo imperador francês às famílias reais derrotadas e também firmar uma aliança entre todos os signatários, Nice voltou a fazer parte do reino italiano da Sardenha. Só em 1860 é que voltou a ser anexada à França, através do Tratado de Villafranca. Essa bela cidade situada na Baía dos Anjos, uma baía que se fecha perante um colossal conjunto de colinas, do qual sobressaem as colinas de Cimiez e a que envolve o castelo, separando a cidade velha do porto, é atravessada por dois pequenos rios – o Paillon e o Magnan. No que diz respeito ao turismo, Nice é a segunda cidade francesa com maior frequência de turistas, logo a seguir a Paris. Desde os anos 50 do século XX, o aparecimento do turismo de massas, contribuiu para dar uma imagem da cidade virada para os prazeres do sol, em detrimento da imagem de um povo com raízes ancestrais, pobre e rude, humilde e amoroso, com origens gregas, latinas e mediterrânicas. Em Nice, as matizes históricas surpreendem os visitantes, estão presentes nas ruas silenciosas da Velha-Nice (Vieux-Nice), nos quarteirões industriais do porto, nos caminhos sombreados das colinas, nos “cours Saleya” que terminam na praça Charles Felix, local onde se situa o Palais Cais de Pierlas, datado de 1782, e no qual viveu o pintor francês Henri Matisse (1869-1954). Do alto do seu terceiro andar, Matisse tinha uma visão privilegiada desta zona da cidade, especialmente sobre a Baía dos Anjos. Foi, juntamente com Albert Marquet e André Derain, o criador, por volta de 1905, do movimento artístico denominado de Fauvismo. Ao rejeitarem a luminosidade dos pintores impressionistas, os fauvistas usavam a cor como o factor principal da pintura, levando-a até às últimas consequências. Muitas das obras de Matisse estão no Museu Cimiez. O pintor acabaria por morrer em Nice. O Passeio dos Ingleses (La Promenade des Anglais), os hotéis Victoria e Negresco, o Museu de Arte Contemporânea (Mamac) e o Teatro de Verdure, são outros locais a visitar. O carnaval de Nice com a sua majestosa batalha de flores e o Festival Internacional de Jazz, são dois eventos a não perder. Até à próxima crónica.
Um Abraço
Armando Bouçon
Obs: Já me esquecia de falar de Giuseppe Garibaldi, talvez o maior herói nacional italiano, que para infortúnio de muitos italianos, nasceu em Nice. A história tem destas coisas!
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