EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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sexta-feira, 16 de maio de 2008

17 de Maio - Varsovia

Amanha ficarei em Varsovia e depois Bialystock. Dentro de dois dias estarei ja na Lithuania. O objectivo do momento e chegar a Tallin, completando assim o segundo terco da viagem. Depois iniciarei o meu percurso ate a Suica onde estarei no dia 7 para apoiar Portugal no seu primeiro Jogo. Conto chegar a Portugal no proximo dia 13 de Junho. Hoje fiz o percurso, pela primeira vez com o Antonio entre Krakov e Varsovia mas amanha parto sozinho para Varsovia. Combinamos encontramo-nos em Riga (Letonia) no final da proxima semana. Estou muito satisfeito com as prestacoes da moto e do material Drenaline que se tem comportado a altura do desafio. Depois d euma operacao que implicou uma agulha e um orificio, o GPS ressuscitou e ja nos trouxe ate Lodz. Viaja-se com muito mais seguranca na sua companhia. Sinto-me um pouco estranho e sem muita vontade de pensar ou sentir. E uma fase, talvez um esvaziamento, um "bloqueio" do viajante. Estou sem inspiracao mas com muita vontade de cumprir o itinerario que tenho pela frente. Sinto falta de qualquer coisa. Mas e isso mesmo que viajar nos da: um sentir muito proprio que se recria a si mesmo em cada dia que passa. Nao estou especialmente comunicativo e recrio-me tambem numa necessidade de reconhecimento, seja la o que for que isto signifique.

3 comentários:

Unknown disse...

Não consigo realmente imaginar o que um mês de isolamento da realidade em que crescemos e muita solidão pode trazer à alma de um ser que por estas bandas cumpre a sua missão... No limite, acredito que a novidade, o desconhecido/inesperado e o alargamento de tantos horizontes, devem invadir-nos de tal modo que todos os valores e ideias adquiridos em muitos anos assumem um valor muito estreito ou perdem até todo o valor.
Pelo menos mantens-te ligado a algo...à vontade de continuar o percurso. Se e qd isso mudar, sabes que só tens de ouvir dentro de ti o que fazer a seguir e sem te deixares manipular pelo o que os outros pensam...seres FIEL a ti próprio!!
Estou contigo amigo! Coragem!

Unknown disse...

Vamos lá a animar! Ainda há muito caminho para percorrer e muitas fotografias para registar. O caminho faz-se caminhando, e tu estás no bom caminho.

Abraço
Armando

Unknown disse...

Caro Mário
E o que dizer da bela Warszawa? Em primeiro lugar, o seu nome deriva do nome Warsz, o qual originou “Warszewa”, “Warszowa” e “Warszawa”; de acordo com uma lenda muito acarinhada na Polónia, o nome surgiu da ligação de “Wars”, um pescador pobre, a uma sereia, chamada “Sawa”. Capital da Polónia desde 1596, o seu nome ficará sempre para a história como o local da assinatura do Pacto de Varsóvia entre vários países satélites da antiga União Soviética. O centro histórico, completamente destruído em 1944, foi reconstruído meticulosamente depois da Segunda Grande Guerra, e em 1980 foi declarado Património da Humanidade, como um exemplo destacado de reconstrução quase total, de uma sequência histórica que se estendia desde o século XII até ao século XX. É, sem sombra de dúvida, uma das mais bonitas cidades europeias e também um dos principais centros económicos, financeiros e culturais de toda a Europa Central. Muito rica do ponto de vista cultural, a cidade conta com uma grande quantidade de museus e galerias de arte, com destaque para o Museu Nacional, com as suas extensões no Castelo Real e no Palácio Wilanow. A Catedral de S. João (século XIV), a Igreja de Santa Cruz (século XVI), os monumentos dedicados a personalidades ilustres como Segismundo III Vasa, Nicolau Copérnico, ao poeta Adam Mickiewicz, aos heróis do gueto de Varsóvia e da resistência polaca durante a Segunda Grande Guerra, o Palácio da Cultura e Ciência, os palácios Radziwill e Potocki, os vários conventos e a Torre Barbacana, merecem uma atenta visita. Uma palavra para o Gueto de Varsóvia, o maior gueto judeu estabelecido pela Alemanha Nazi na Polónia; durante os três anos da sua existência, a fome, as doenças e as deportações para os campos de concentração e de extermínio, reduziram a sua população de um total estimado em 400.000 a 50.000 habitantes. O levantamento do Gueto de Varsóvia, ficará sempre para a história da humanidade, como uma das primeiras e principais revoltas massivas contra a ocupação nazi na Europa.
Um abraço
Armando Bouçon