EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dia 24 - Roménia -

Black Church - Brasov

1 comentário:

Unknown disse...

Caro Mário
Gostei das fotografias de Brasov, uma cidade que sempre quis visitar por causa da célebre Igreja Negra (Biserica Neagra), de estilo gótico, cuja construção começou em 1384 e terminou em 1477. A sua denominação está directamente relacionada com o incêndio a que foi sujeita, em 1689. Esta curiosa cidade fica no centro do país, a pouco mais de 150 km da capital, Bucareste, e no ponto de encontro da conhecida “depressão de Brasov” com os Montes Cárpatos. A composição étnica da sua população é variada, com o predomínio de romenos, seguida de húngaros, alemães e judeus. A presença judaica nestas paragens remonta a 1826. Um assentamento fundado pela Ordem dos Cavaleiros Teutónicos, em 1211, esteve na base da actual cidade de Brasov. Em 1234, o “Catalogus Ninivensis” mencionou pela primeira vez o nome latino de “Corona”. Durante os séculos XIII e XIV, foi invadida por mongóis e otomanos, facto que culminou com a construção de um sistema defensivo de muralhas. Em plena Renascença, a cidade conheceu um importante desenvolvimento económico, graças à sua posição geográfica estratégica e a certos privilégios fiscais. Essa prosperidade permitiu a edificação de numerosos monumentos, alguns dos quais sobrevieram até hoje. A presença do humanista alemão Johannes Honterus, que residiu e trabalhou em Brasov, foi de grande importância para o desenvolvimento da língua romena, já que foi ele que imprimiu os primeiros livros em romeno. A destruição das muralhas e a aparição de manufacturas e fábricas no decorrer do século XIX, impulsionou o ressurgimento da actividade económica. Foi nesta época que surgiu o jornal “Gazeta da Transilvânia”, um diário que lutou pela independência da região, face à ocupação por parte do Império Austríaco. Após o final da Primeira Guerra Mundial, a cidade passou a ser o segundo centro económico romeno, mas acabaria por ser parcialmente destruída com os bombardeamentos a que foi sujeita aquando da Segunda Grande Guerra. A renovação e a industrialização em grande escala levadas a cabo por o regime comunista, trouxeram novamente a vida e o desenvolvimento a Brasov. Em 1987, massas de trabalhadores desta cidade do centro da Roménia protestaram activamente contra o governo do ditador Nicolae Ceausescu, contribuindo para a sua derrocada. Hoje em dia a actividade turística tem um peso significativo no quotidiano de Brasov. A sua situação geográfica confere-lhe um destino privilegiado dentro do país, já que se encontra a uma curta distância das principais atracções turísticas: as estâncias balneares do Mar Negro; os formosos e interessantes mosteiros da Moldávia setentrional; a imponente e bem preservada região de Maramures com as suas igrejas centenárias em madeira. Considerada a capital da zona montanhosa da Roménia é, também, uma das cidades mais acolhedoras do país. Para aqueles que quiserem percorrer os seus recantos, aconselho uma visita a alguns monumentos: a Igreja Negra; Igreja de São Nicolau (séc. XVI); a Catedral Ortodoxa (1858); o Museu “Prima Scoala Româneasca”, que expõe os primeiros livros impressos em língua romena; o Castelo de Bran, que atraí os numerosos amantes da história do conde Drácula; a estação de turismo de inverno de Poiana Brasov; e a Tâmpa, uma colina que se ergue junto ao centro histórico da cidade (900 metros acima do nível do mar) e que dá ao visitante uma panorâmica de grande espectacularidade. A visitar!
Um abraço
Armando Bouçon