Quase 10 mil quilometros, 23 dias, Sófia, Bulgária!
terça-feira, 6 de maio de 2008
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...that life begins at the end of your comfort zone. You won't find glory at the center of safety, but at its edge. You won't find love at a place where you are covered, but in the space where you are naked. You gotta take some risks. You have to not only pick up the dice, but roll 'em. So go ahead, take the gamble. You have nothing to lose except the chance to win. Neale Donald Walsch
1 comentário:
Caro Mário
Estiveste em Sófia, uma das capitais mais antigas da Europa. A sua história remonta ao século VIII a.C., quando os trácios se estabeleceram na zona. A actual capital búlgara teve vários nomes em diferentes períodos da sua existência. Em redor de um antigo lugar neolítico e de umas fontes termais datadas do século VIII a.C., nasceu a cidade trácia de Sérdica, fundada pela tribo dos Serdi. Durante o século IV a.C., impôs-se o domínio de Filipe II da Macedónia e do seu filho Alexandre Magno. No ano 29, a cidade foi conquistada por Roma e quando o imperador Diocleciano dividiu a província da Dácia em duas (“Dácia Ripensis” e “Dácia Mediterrânea”), Sérdica converteu-se na capital da Dácia Mediterrânea. Destruída pelos hunos em 447, viria a ser reconquistada pelo imperador bizantino Justiniano e rebaptizada de “Triaditsa”. A partir do século VI a cidade renasceu como um importante centro administrativo e económico do Império Bizantino. Foi reconhecida como “Sredets” pelos eslavos, nome que manteve até às invasões dos búlgaros em 809. Posteriormente foi designada por Sófia, nome de uma mártir cristã que foi obrigada a presenciar a tortura e morte das suas três filhas por ordem do imperador romano Adriano nos inícios do século II. Em 1382, e durante o reinado de Murad I, a cidade foi conquistada pelo império otomano e se converteu na capital da província turca de Rumelia, assim permanecendo até ao século XIX. Só em 1879 é que passou a ser a capital de uma Bulgária independente. A dominação otomana transformou Sófia numa típica cidade oriental, com muitas mesquitas, fontes e numerosos banhos turcos. A Igreja de São Jorge, que data do século IV, encontra-se entre os templos cristãos mais antigos da Península Balcânica. Hoje em dia, a capital búlgara é o grande centro da vida económica e financeira do país. A indústria metalo-mecânica, os têxteis, couros e artigos electrónicos formam o grosso da produção económica. Passeando pela cidade, os visitantes podem apreciar a combinação de vários estilos arquitectónicos, presentes em edifícios como a Galeria Nacional de Arte, o Teatro Nacional Ivan Vazov, a antiga oficina da imprensa real, hoje Galeria Nacional de Arte Estrangeira, a Assembleia Nacional da Bulgária e a Academia Búlgara de Ciências, todos construídos na segunda metade do século XIX e primeira década do século XX. Depois da Segunda Grande Guerra, e com a implantação do regime comunista na Bulgária, a linha arquitectónica foi alterada substancialmente. Para além da Igreja de São Jorge, a Igreja de Santa Sofia, a Catedral Ortodoxa de Alexandre Nevski, a Catedral de Sveta-Nedelya, a Igreja de Boyana e a Sinagoga de Sófia, são os exemplos mais representativos da arquitectura religiosa. O artista plástico Nedko Butzev, a poetisa Elisaveta Bagriana, o músico Nikolo Kotzev, a bailarina Sonia Arova e o linguista e filósofo Tzvetan Todorov, são algumas das personalidades mais representativas da cultura de Sófia.
Um abraço
Armando Bouçon
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