EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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mariocales@gmail.com



terça-feira, 22 de abril de 2008

Hoje em Milao

Como tenho programada uma visita a casa mae Piaggio em Pontedera no dia 24, posso hoje ficar a descansar um dia pelas ruas de Milao. A cidade e incrivel (escrevo sem acentos porque uso um computador italiano) e vou aproveitar para conduzir a moto um pouco mais leve pelas ruas de Milao. Ao contrario de Marseilha, Milao e uma cidade com uma energia muito bonita. A viagem para ca foi das mais belas que ja fiz pois passei pelos Alpes maritimos. As fotos irao mostrar um pouco do que vi. Ja quase no fim da etapa comecou a chover e tive de fazer uma paragem de emergencia no primeiro local abrigado que vi para colocar a capa de chuva. Sim, porque quando sai de manha da magnifica cidade costeira de Laigueglia estava sol e eu, todo vaidoso da moto e farto de a tapar com o estendal) nao coloquei as capas para a chuva. Mas como dizia, parei numa oficina de tratotes e moto quatro onde ninguem falava qualquer lingua para alem do italiano. La consegui explicar a situacao com a ajuda do mapa da moto e logo todos os que estavam na oficina vieram admirar a moto italiana que se meteu nesta aventura. A moto pode ter sido feita em italia, mas e de certeza um puro sangue luso. Ganho cada vez mais admiracao pela Nexus e ja estou a pensar como a poderei comprar no fim da viagem. Claro que comeca a desenvolver-se uma relacao de confianca entre mim e a maxi. Eu confio que ela nao pare e ela confia que nao a mande contra qualquer coisa. A moto e fabulosa nos percursos de montanha. E uma pena que os possuidores destas maxis nao as possam testar em montanha porque iriam ver que e aqui que eleas se sentem em casa. Nao e qualquer scooter que vai aos Pirineus e depois aos Alpes e faz todas aquelas curvas em subida, carregadissima, sem qualquer tipo de problema. E um verdadeiro prazer conduzir esta ciclistica e esta motorizacao em estradas de montanha. Tive de fazer uma travagem de emergencia devido a uma ma interpretacao do gps e a moto segurou-se muito bem tambem. Como chovia muito e a parte final da viagem era sobretudo cidade, entrei na autoestrada italiana que me recordou muito as autoestradas portuguesas. As autoestradas sao muito boas, largas e sempre com tres faixas. Mas nao foi obviamente isto que me recordou Portugal, mas sim, os sulcos que existem no asfalto e que se encaixam perfeitamente nas pequenas rodas da minha Gilera. So aqui e em Portugal existem estes sulcos (alguem me pode explicar porque?) e sao bastante perigosos porque se a moto entra num deles comeca logo a ficar instavel. Quando sai da portagem foi muito confuso porque eles aqui tambem nao tem portageiros entao tive de falar para uma maquina em italiano durante dez minutos ate que uma voz humana interrompeu este dialogo de surdos para me dizer que tinha de pagar a portagem com o meu visa... Em Italia sinto-me muito em casa porque os italianos sao muito paracediso com os portugueses. Extremamente afaveis e simpaticos, sempre prontos para ajudar mesmo que nao percebam nada do que eu digo. Tambem conduzem como os portugueses, de modo agressivo e sem respeitarem os limites d evelocidade. Alias, varias vezes ouvi buzinadelas por estar a ir dentro dos limites que o meu gps indicava serem os locais. Decidi entao que iria sempre atras de um carro italiano e assim se fossemos multados ao menos era uma culpa partilhada. Durante a manha fui fazer uma visita a pe com o gerente do Hotel onde fiquei que me disse que faria um bom desconto e me oferecia o pequeno almoco se eu colocasse fotos da sua cidade na minha pagina. Claro que aceitei a proposta. A cidade de Laigueglia fez-me lembrar Espinho (a minha cidade natal) devido ao cheiro do mar e a luz que tem. Amanha escrevo mais qualquer coisita. Abraco a todos e obrigado pelos vossos comentarios
Amanha, dia 23 sigo para Bologna

4 comentários:

Utopia disse...

Para a frente é que é caminho como se costuma dizer!
Força amigo!!!!
Mas com cuidado!!!

Unknown disse...

Olá Mário,

Sou o Manuel (o tolinho que arrancou contigo às 6 da manhã de Leça do Balio) Só para te mandar um abraço de força e dizer-te que quando te sentires só olha para o nosso autocolante e sentirás um bando de malucos (mas dos bons) a apoiar-te. Força com isso.

P.S. Se fosse solteiro ia já ter contigo pois as paisagens valem bem a pena :)

Anónimo disse...

Bem, estou a ver que o dia hoje foi animado!
Mas entao, eu pensei que fosses com o teu computador para ai...

Como e' que as pessoas reagem em termos de couch surfing? Sao desconfiadas ou tambem partilham historias fantasticas?

Bem, dei uma vista de olhos pelas fotografias e parece que esta' a ser bem divertido!

Estou a gostar de acompanhar esta viagem contigo.


Abraco

Carlos Lancha disse...

Caro Amigo Mário,

Pelo enorme interesse que tens gerado e pela fantástica publicidade que tens feito à Piaggio, bem que ficava bem aos responsáveis pelo Grupo Piaggio, que te oferecessem a tua inseparável companheira de viagem, maxi.

Acho que bem o mereces, pois tens sido um excelente embaixador de Portugal, e só passaram 13 dias.

Para eles é uma verba bastante inferior a €5000, que de certo já recuperaram na publicidade que tens feito em apenas 13 dias.

Além disso seria um passo bastante importante para esta aventura, uma vez que facilitava a segunda etapa, ligar a Suiça à India, evitando, penso eu, a garantia bancária exigida pela ACP no valor de três vezes o valor da moto nova, isto é, €15000, mais os quase quinhentos euros para passar uma declaração cujo propósito é impedir a venda do veículo.

Desafio os muitos "companheiros(as)" desta viagem a pôr alguma pressão junto à Piaggio para que
ofereçam a moto ao Mário.

Um Abraço,

Carlos Lancha