
terça-feira, 22 de abril de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
...that life begins at the end of your comfort zone. You won't find glory at the center of safety, but at its edge. You won't find love at a place where you are covered, but in the space where you are naked. You gotta take some risks. You have to not only pick up the dice, but roll 'em. So go ahead, take the gamble. You have nothing to lose except the chance to win. Neale Donald Walsch
1 comentário:
Caro Mário
A fotografia da Via Sacra transmite algo que nos remete para o sofrimento humano, mas também para um Cristo redentor, libertador que nos ilumina pelos inúmeros caminhos que percorremos durante a nossa passagem por este mundo. Mas, a história da via sacra, foi, no princípio, diferente da Via Crucis, o trajecto seguido por Jesus Cristo carregando a cruz que vai do Pretório ao Calvário. A Via Sacra era uma via romana, situada em uma das artérias principais da Roma Antiga. Estendia-se desde as Colinas do Capitólio, passando por alguns dos lugares mais religiosos do centro da cidade (o Foro) até às portas do Coliseu. Ao longo desta via realizavam-se solenes cerimónias religiosas, recebiam-se os exércitos vitoriosos e celebravam-se os seus triunfos; era nesse local nobre da cidade, que os cidadãos de Roma se reuniam para conversar, negociar, julgar e jogar; era, por excelência, um local que marcava o ritmo quotidiano da cidade. Quanto à Via Crucis, e como a palavra nos indica, foi o trajecto percorrido por Jesus Cristo, carregando a cruz, ligando o Pretório ao Monte Calvário. Depois da morte de Cristo, o exercício da via da sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Cristo, meditando simultaneamente na Paixão de Jesus. Esta prática, muito usual no período da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (séc. XI ao séc. XIII); os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, introduziram no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Crucis em Jerusalém. O número de estações, passos ou etapas dessa caminhada, foi sendo fixado de forma gradual, culminando no séc. XVI com o percurso das catorze estações, o qual se mantém até aos dias de hoje. O Papa João Paulo II, durante a vigência do seu apostolado, introduziu algumas configurações em certas cenas da Via Sacra, as quais ainda não se tornaram comuns a toda a Igreja Romana. Sobretudo, por Via Sacra, entende-se não só um exercício de piedade, mas também de expiação dos pecados terrenos. A primeira estação retrata a condenação de Jesus à morte e a última o seu enterramento. Quando associado à Via Crucis, Jesus Cristo é venerado sob o nome de Nosso Senhor dos Passos. De certo, que irás encontrar por essas regiões onde vais passar, mais sinais deste caminho doloroso, mas ao mesmo tempo libertador, que te indicará um rumo a seguir. A tua Via Sacra transformar-se-á em Via Libertatis!
Um abraço
Armando Bouçon
Enviar um comentário