EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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domingo, 20 de abril de 2008

Dia 8 - Mónaco


4 comentários:

Unknown disse...

Caro Mário
A tua objectiva captou muito bem a opulência do principado do Mónaco. Em matéria de geografia, o Mónaco é considerado um dos seis microestados da Europa. Situado no sul de França, entre Nice e a região da Ligúria italiana, é o segundo mais pequeno país do mundo (se assim o podemos considerar), só suplantado pela cidade do Vaticano. De clima mediterrânico, com verões suaves e invernos amenos, possui condições magníficas para a prática do turismo balnear. Habitado desde a pré-história, serviu de refúgios a várias populações primitivas. Os lígures foram os primeiros a fixarem raízes na região, utilizando o porto de mar como um local estratégico de saída da região. Ocupada por fenícios, gregos, cartagineses e romanos, no final do séc. II a.C., o território onde hoje se situa o principado passou a fazer parte da Provence-Alpes-Côte d’Azur. A partir do séc. V, e com a queda do império romano, a região foi sendo invadida por diversos povos, tornando-se, nos séculos VII e VIII, parte do reino lombardo e do reino de Arles, respectivamente. No séc. XII, o território foi cedido a Génova como colónia e em 1297, os Grimaldi, uma família de exilados de origem genovesa, ocupou a fortaleza. O seu chefe, Fulco del Castello, obteve das mãos do imperador Henrique VI o conjunto de terras que rodeavam o território do Mónaco. Para conseguir fixar população no território, Castello concedeu terras com isenção de impostos a quem as trabalhasse. Assim, e até 1419, o Rochedo do Mónaco foi palco de lutas sangrentas entre os dois grandes partidos de Génova: os gibelinos, partidários do imperador, e os guelfos, fiéis ao Papa e aliados dos Grimaldi. Em 1489 o Rei de França, Carlos VIII e o Duque de Sabóia, reconheceram a independência do Mónaco. Em 1525, o território ficou sob a protecção do rei de Espanha e em 1612, Honorato II, senhor do Mónaco, passou a ostentar o título de Príncipe. Pelo Tratado de Pérone, assinado em Setembro de 1641, entre Honorato e Luís XIII de França, os espanhóis são expulsos do território e dá-se o início de uma aliança com a França, recebendo o Mónaco alguns ducados, viscondados e marquesados. No período da Revolução Francesa, o principado foi anexado pela República Francesa, sob o nome de “Forte Hércules”. O Tratado de Paris de 1814, devolveu os direitos que haviam sido perdidos à família Grimaldi e em 1815, aquando do segundo Tratado de Paris, o Principado ficou sob a protecção do Rei da Sardenha. Por volta de 1848, Menton e Roquebrune foram proclamadas cidades livres e independentes, mas sob a protecção da Sardenha. Em 1856, e à semelhança do que acontecia um pouco por todas as estâncias balneares europeias, foi criada a “Sociedade dos Banhos de Mar e do Círculo dos Estrangeiros” (S.B.M.). Em 1865, a união aduaneira entre o Principado e a França, acabou com as fronteiras entre os dois países; dá-se a inauguração do Casino do Mónaco e atribuiu-se o nome de Monte-Carlo ao antigo planalto “Plateau dês Spélugues”. Em 1879, Charles Garnier inaugurou a Ópera de Monte-Carlo. No ano de 1911, foi aprovada a primeira constituição do Principado e organizado o primeiro Rali Automóvel de Monte-Carlo. Em 1919, a França através da assinatura de um novo tratado, assumiu o compromisso de defender a independência, a soberania e a integridade territorial do Principado e, em contrapartida, o Principado comprometeu-se em exercer os seus direitos de soberania em conformidade com os interesses franceses. O 1.º Grande Prémio Automóvel do Mónaco, que deu origem à posterior organização do circuito de Fórmula 1, realizou-se, pela primeira vez, no ano de 1929. A partir dos anos 50 do séc. XX, o trono do Principado vem sendo ocupado pela família Rainier e a monarquia parlamentar está bem consolidada como forma de governo. Hoje em dia o Mónaco é uma das mais importantes estâncias turísticas da Europa; o turismo é a principal fonte de receita e os mercadores emissores francês, inglês, japonês e chinês são muito fortes. As tuas imagens são um óptimo exemplo da magnificência da estância balnear.
Um abraço
Armando Bouçon

Unknown disse...

Caro Mário

Só quero fazer uma correcção em relação ao texto do Monáco. Onde diz "mercadores emissores", quero dizer "mercados emissores". A rapidez ao escrever tem destas coisas. Peço desculpa.
Um abraço
Armando Bouçon

Unknown disse...

Confesso que era capaz de habituar-me a viver aqui.

Carlos Lancha disse...

Boas Mário,

Tendo estado aqui à uns anos atrás e de ter percorrido o circuito do Mónaco a pé estas tuas belas imagens fizeram-me recordar os bons momentos que aí passei.

É um local fantástico e uma das coisas que mais me impressionou, além da fabulosa arquitectura, foi ao limpa a cidade é. Não se vê uma ponta de lixo no chão...

Além disso deves ter visto algumas lanchas de luxo/hiates com a bandeira Portuguesa nessa maravilhosa marina.

É simplesmente um local maravilhoso...

Aquele Abraço Especial,

Carlos