segunda-feira, 28 de abril de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
...that life begins at the end of your comfort zone. You won't find glory at the center of safety, but at its edge. You won't find love at a place where you are covered, but in the space where you are naked. You gotta take some risks. You have to not only pick up the dice, but roll 'em. So go ahead, take the gamble. You have nothing to lose except the chance to win. Neale Donald Walsch
1 comentário:
Caro Mário
Localizada no centro-sudeste da Europa, na Península Balcânica, e na confluência dos rios Danúbio e Sava, Belgrado (Beograd em Sérvio) é a capital e a maior cidade da República da Sérvia e também a cidade mais populosa do território da antiga Jugoslávia. A seguir a Istambul, Atenas e Bucareste, Belgrado é a maior cidade dos Balcãs. De acordo com a constituição Sérvia, a cidade dispõe de um estatuto especial dentro da organização administrativa do país. Como capital da Sérvia, é a sede dos principais organismos e instituições do Estado, assim como das universidades e institutos de investigação científica mais importantes. É, também, o motor económico do país, com um sector agrícola singular. Com uma história que remonta a quase 7000 anos, Belgrado é uma das cidades mais antigas da Europa. Os primeiros vestígios humanos surgiram com a cultura pré-histórica de Vinca. No século III a.C., foi ocupada pelos celtas e mais tarde os romanos fundaram a cidade de Singidunum. Os primeiros documentos que registam o nome eslavo “Beligrad” datam do ano 878. Capital do Principado da Servia, que por sua vez foi convertido em Reino da Sérvia em 1882, integrou as diferentes transformações políticas da Jugoslávia entre 1918 e 2003 e também da Confederação da Sérvia e Montenegro até 2006. O território de Belgrado está dividido em 17 municípios, cada um com o seu próprio conselho. Dez dos municípios tem o estatuto de municípios urbanos e sete deles são suburbanos. Com uma história muito rica e complexa, a cidade sofreu a invasão de vários povos e representou sempre um obstáculo ao avanço do império otomano sobre a Europa Central. Em 1456, a Batalha de Belgrado foi um bom exemplo dessa resistência aos turcos. Em 1521, e depois de ter sido sitiada, queimada e saqueada pelos otomanos, liderados por Solimão, o Magnífico, a cidade converteu-se em capital de um “Sanjak”, distrito administrativo do Império Otomano. Ao longo de 150 anos desfrutou de um período de calma, que permitiu o florescimento da actividade comercial e também a renovação urbana com muitos traços de arquitectura oriental, convertendo-se, assim, em um ponto de confluência das rotas comerciais entre o Oriente e o Ocidente, alcançando o seu apogeu durante o decorrer do século XVII. A Insurreição de Banat, no ano de 1594, foi o maior levantamento sérvio contra a ocupação turca; a repressão das autoridades otomanas, centrada na população cristã e seus símbolos, levou à destruição de igrejas e das relíquias de São Sava em Vracar, lugar onde mais tarde foi edificado o maior templo ortodoxo dos Balcãs – o Templo de S. Sava, em memória desses acontecimentos. Em finais do século XVII, Belgrado sofreu os efeitos da peste que se estendeu por toda a Europa e as rebeliões dos Jenízaros (tropas de elite otomana) contribuíram para a estagnação da cidade, passando a ser cenário de sucessivas campanhas militares entre os Habsburgos austríacos e os turcos otomanos, do que resultou a sua ocupação por parte destas duas forças imperiais. Muito mais haveria para referir sobre a complexa e rica história desta cidade dos Balcãs, desde a conquista da sua independência aos otomanos, em finais de Oitocentos, passando pelas duas Grandes Guerras, pela capital da Jugoslávia de Tito e, mais tarde, já em finais do milénio, pelas manifestações massivas contra o regime sangrento de Slobodan Milosevic, deposto nessa jornada histórica do dia 5 de Outubro de 2000. Só um pequeno apontamento cultural para quem quiser visitar a cidade. Culturalmente muito rica, Belgrado organiza anualmente os Festivais de Cinema, Teatro, Música e Cerveja. A visitar os museus Nacional, Militar, Aviação, Etnográfico, Arte Contemporânea e Nikola Testa. A vibrante vida nocturna com os seus numerosos bares, restaurantes, discotecas e cafés concertos e as peculiares “barcaças”, ancoradas nas margens dos rios Sava e Danúbio, e que albergam bares, restaurantes e discotecas, reforçam a vivência cosmopolita da cidade. Voltarei às crónicas a partir de Salónica e Atenas, em pleno coração do mediterrâneo, berço da civilização ocidental.
Um abraço
Armando Bouçon
Enviar um comentário