EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dia 10 - Milão - Duomo


2 comentários:

Unknown disse...

Caro Mário
A “Duomo”, é o coração e o símbolo religioso da cidade de Milão. A seguir à Basílica de S. Pedro em Roma e à Catedral de Sevilha, a Catedral de Milão é a terceira maior do mundo. Demorou cinco séculos a ser concluída; representa o exemplo mais perfeito do gótico italiano, e para esta complexa construção o arcebispo Antonio da Saluzzo, contou com o apoio de Gian Galleazzo Visconti (1351-1402), senhor de Milão, homem ambicioso, político assaz e generoso mecenas, que assegurou o poder da cidade em 1385. Adquiriu os títulos de Duque de Milão e conde de Pavia e estendeu os seus domínios, conquistando em quinze anos, as cidades de Verona, Vicenza, Pádua, Pisa, Siena, Perusa Assis e Bolonha. Para a construção da Duomo, concedeu isenções fiscais e a exploração gratuita das pedreiras de mármore de Candoglia. Na direcção das obras, sucederam-se vários arquitectos, entre os quais destacamos o francês Nicolas de Bonaventure, Juan de Friburgo, Giovanni da Campione, Juan de Fernach, Filarete e Johannes Nexenperger. Estes e outros mestres impuseram as suas ideias, o que levou a sucessivas alterações do projecto original, acabando por enriquecer a obra e torná-la mais espectacular. Para além dos Visconti e dos Sforza, senhores de Milão, os enormes custos da obra foram suportados por grandes famílias da nobreza milanesa e de outras regiões italianas. Em 1418, apenas estavam construídas as naves. Na segunda metade do século XVI, Giovanni Antonio Amadeo, arquitecto e escultor, reuniu grandes mestres da pintura e da escultura renascentista como Leonardo da Vinci e Luca Fancelli; executaram belíssimos trabalhos, que hoje se podem contemplar a partir de vários pontos da catedral. Finalmente, em 1885, se concluiu o tão característico bosque de agulhas do seu telhado (no total 135), a mais antiga das quais remonta a 1404. Através do seu espectacular terraço, o visitante pode admirar toda a cidade de Milão, nas suas mais variadas formas e concepções. Uma palavra para os trabalhos de escultura e estatuária, obra de grandes mestres toscanos, venezianos, lombardos, franceses, alemães, boémios e borgonheses. A fachada concebida em linhas góticas, acompanhou as alterações das correntes artísticas seculares, apresentando elementos barrocos, muito característicos do século XVII. Em 1805, por vontade de Napoleão Bonaparte, sofreu novamente modificações, de acordo com o projecto original do período gótico. O interior do edifício está dividido em cinco naves, com gigantescos e elegantes pilares. As altas abóbadas e as estátuas de santos e profetas que rematam os capitéis, enriquecem todo o refinado conjunto. Dos seus vitrais resplandecentes podemos observar 3.600 cenas e imagens da vida religiosa. De todo o majestoso conjunto, e colocada na agulha mais alta da catedral (a 108 metros), sobressai a estátua da Virgem Maria, conhecida por “Madonnina”, que brilha com as suas 3.900 lâminas de ouro que a revestem. É, por excelência, o símbolo mais importante da cidade. A não perder …
Um abraço
Armando Bouçon

Unknown disse...

Caro Mário

Uma pequena coreccção em relação ao texto da "Duomo": onde diz "Na segunda metade do século XVI, Giovanni Antonio Amadeo ...";deve ser substituído por "Na primeira metade do século XVI, Giovanni Antonio Amadeo ...". É uma diferença de meio século, o que é o suficiente para colocar Leonardo da Vinci entre os vivos (ele morreu em 1519)e não entre os mortos e a trabalar na Catedral. Fica reposta a verdade.

Um abraço
Armando Bouçon