sexta-feira, 25 de abril de 2008
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...that life begins at the end of your comfort zone. You won't find glory at the center of safety, but at its edge. You won't find love at a place where you are covered, but in the space where you are naked. You gotta take some risks. You have to not only pick up the dice, but roll 'em. So go ahead, take the gamble. You have nothing to lose except the chance to win. Neale Donald Walsch
1 comentário:
Caro Mário
Depois de ter passado por Milão e por Veneza, regresso às crónicas diárias para documentar as tuas imagens. Juntamente com a “Duomo”, a belíssima catedral de Milão, o Castelo Sforzesco é, sem dúvida alguma, o símbolo mais autêntico e amado de Milão. Construído por Galeazzo II Visconti, entre 1360 e 1370, como baluarte defensivo fixado junto à cintura da muralha medieval, foi posteriormente transformado por Fillipo Maria Visconti, na sua própria residência, o qual também mandou construir o parque que se situa na parte norte do castelo. Com a morte do último Visconti, em 1447, os milaneses proclamaram a República de Milão e não hesitaram em acabar com o símbolo maior dos Visconti, derrubando o seu castelo. Em 1450, Francesco Sforza, o novo senhor de Milão, iniciou a reconstrução do poderoso forte. Para isso, foi de extrema importância o trabalho do arquitecto militar Bartolomeo Gadio, que projectou as torres redondas, e também o trabalho de Filarete, que desenhou a majestosa torre de 70 metros que se ergue à entrada da fortificação. Em 1466, Galeazzo Maria Sforza, filho de Francesco, construiu em pleno coração do edifício a Corte Ducal. À torre de Filarete, juntaram-se-lhe as torres de Carmini, Falconiera, Castellana, Bona de Saboya e o fortim de La Rocchetta. Mas foi Ludovico el Moro, que inseriu em alguns espaços deste complexo, obras de grande beleza artística, contratando para o efeito Leonardo da Vinci e Donato Bramante. Os frescos são admiráveis. Nos inícios do séc. XVI, e já em pleno período da dominação francesa, Milão passou por uma série de saques e destruições, acabando a torre de Filarete em depósito de munições, situação que provocou a sua explosão. Em 1526, foi a vez dos espanhóis dominarem a cidade e o seu castelo, impondo uma nova arquitectura em forma de estrela (doze pontas). Durante o século XVIII os austríacos utilizaram o forte como base militar. A Revolução Francesa e os excessos imperiais napoleónicos, trouxeram de novo a destruição e transformaram-no numa cavalariça das suas tropas. Na segunda metade do século XIX, a cidade de Milão tomou definitivamente em mãos um dos seus mais carismáticos símbolos; a sua restauração foi obra do arquitecto Luca Beltrami. Hoje em dia, o Castelo Sforzesco, faz parte de um dinâmico espaço cultural que alberga museus, arquivos e bibliotecas, prestando um serviço público de inigualável qualidade. Caro Mário, termino com uma sugestão que me parece pertinente: quem passar por Milão, não deixe de visitar este espaço e, especialmente, o Museu de Instrumentos Musicais e Colecções de Artes Aplicadas. É simplesmente fabuloso!
Um abraço
Armando Bouçon
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