EuroScooter 2008

2 meses, 20 mil quilometros, 26 países europeus

uma Gilera Nexus 250:

A viagem a solo de Mário Cales pelas estradas da europa entre Abril, Maio e Junho de 2008.



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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dia 10 - Milão - Castello Sforzesa


1 comentário:

Unknown disse...

Caro Mário
Depois de ter passado por Milão e por Veneza, regresso às crónicas diárias para documentar as tuas imagens. Juntamente com a “Duomo”, a belíssima catedral de Milão, o Castelo Sforzesco é, sem dúvida alguma, o símbolo mais autêntico e amado de Milão. Construído por Galeazzo II Visconti, entre 1360 e 1370, como baluarte defensivo fixado junto à cintura da muralha medieval, foi posteriormente transformado por Fillipo Maria Visconti, na sua própria residência, o qual também mandou construir o parque que se situa na parte norte do castelo. Com a morte do último Visconti, em 1447, os milaneses proclamaram a República de Milão e não hesitaram em acabar com o símbolo maior dos Visconti, derrubando o seu castelo. Em 1450, Francesco Sforza, o novo senhor de Milão, iniciou a reconstrução do poderoso forte. Para isso, foi de extrema importância o trabalho do arquitecto militar Bartolomeo Gadio, que projectou as torres redondas, e também o trabalho de Filarete, que desenhou a majestosa torre de 70 metros que se ergue à entrada da fortificação. Em 1466, Galeazzo Maria Sforza, filho de Francesco, construiu em pleno coração do edifício a Corte Ducal. À torre de Filarete, juntaram-se-lhe as torres de Carmini, Falconiera, Castellana, Bona de Saboya e o fortim de La Rocchetta. Mas foi Ludovico el Moro, que inseriu em alguns espaços deste complexo, obras de grande beleza artística, contratando para o efeito Leonardo da Vinci e Donato Bramante. Os frescos são admiráveis. Nos inícios do séc. XVI, e já em pleno período da dominação francesa, Milão passou por uma série de saques e destruições, acabando a torre de Filarete em depósito de munições, situação que provocou a sua explosão. Em 1526, foi a vez dos espanhóis dominarem a cidade e o seu castelo, impondo uma nova arquitectura em forma de estrela (doze pontas). Durante o século XVIII os austríacos utilizaram o forte como base militar. A Revolução Francesa e os excessos imperiais napoleónicos, trouxeram de novo a destruição e transformaram-no numa cavalariça das suas tropas. Na segunda metade do século XIX, a cidade de Milão tomou definitivamente em mãos um dos seus mais carismáticos símbolos; a sua restauração foi obra do arquitecto Luca Beltrami. Hoje em dia, o Castelo Sforzesco, faz parte de um dinâmico espaço cultural que alberga museus, arquivos e bibliotecas, prestando um serviço público de inigualável qualidade. Caro Mário, termino com uma sugestão que me parece pertinente: quem passar por Milão, não deixe de visitar este espaço e, especialmente, o Museu de Instrumentos Musicais e Colecções de Artes Aplicadas. É simplesmente fabuloso!
Um abraço
Armando Bouçon